Eddie Fine Burgers: Comida grosseira com preço sofisticado.

Bem pessoal,

Na semana passada resolvi ir ao Eddie Fine Burger.
De fato, o Milkshake da casa é muito bom e o preço compensa pela quantidade servida.

Porém, como de costume, resolvi arriscar algo salgado antes de pedir o famigerado Milkshake. Pedi um hamburger pra ser mais exato. O garçom, como de costume me perguntou se eu queria com bife de picanha ou NORMAL. Somente mais tarde eu iria entender porque os garçons sempre fazem esta pergunta. Trata-se de um código secreto da CIA contra ataques terroristas.

Minhas idas no Eddie são inesquecíveis, até porque sempre fico lembrando da comida à noite toda.
O conceito da casa é bem interessante: Decoração americana, forro de bandeja americano fazendo menção às antigas campanhas da coca-cola, catchup americano, molho barbecue... adivinha de onde! E assim por diante.

O ambiente recria as lanchonetes interioranas americanas da década de 50 e 60 e dá a sensação de que somos figurantes do “De volta pro futuro 4: Going to Brazil”

A única coisa que não entendi é porque ter um negócio tipicamente americano (fast food) com uma decoração tipicamente americana, mas com preço incompatível com o propósito do negócio. Nos EUA, os restaurantes fast foods significam: Comida rápida e barata.
Eu disse restaurante? Deixa pra lá.

Ao ler o cardápio notei que “eles” fazem questão de afirmar que o hamburger é feito da mais pura carne bovina prensada. Se para “eles” isto é um diferencial, para mim se tornaria algo traumático.

O fato é que o “bife” nada mais é que uma grande almôndega de carne moída prensada, sem sabor (apenas com sal), ressecada, e extremamente indigesta. Não há nenhuma preocupação em propiciar ao cliente um momento agradável durante a refeição.

Achei inclusive que estavam comemorando o lançamento do filme Quarteto Fantástico e eu estava mordendo o dedo do homem pedra, ou simplesmente que estava mastigando a pedra filosofal de Harry Potter.

Onde está a fineza do local? No hamburger monster truck ou no ambiente “requintado” americano?

O que diria o rodízio de refrigerante. Uma mão na roda para aqueles que adoram coca-cola aguada e sem gás. Infelizmente este não é o meu caso.

Tive a sensação que o cliente só tem uma opção: Ou ele escolhe a picanha ou se ferra.

E ainda por cima o hamburger vem com uma bandeirinha fincada no pão em que os dizeres deveriam mudar para: Este hamburger não é de picanha, portanto, se fudeu otário !!!

O mais interessante nisto tudo é que a picanha não é tipicamente americana. Sacaram a artimanha do negócio?

Se amanhã a Star Bucks começar a vender café produzido no Brasil eu não vou estranhar, até porque o sucesso está no conceito do negócio e não no café, não é mesmo? Ou será o contrário?

Bem, depois deste momento Gilberto Gil só me resta a saudade do palhaço Ronaldo e de seus hamburgeres com minhoca. Ô bichinho macio e saboroso.